TRABALHADOR
A injustiça social é um crime coletivo.
Praticada com tamanha naturalidade que espanta...
Ela é justa com o “Sistema”, porém (In) justa com a causa.
O inocente (Dormente) carrega consigo todas as dores do mundo.
Só não as sente; embevecido pelo ópio alienante.
A inércia é o alento predileto do contraditório?
Talvez nunca se saiba...
O que se sabe, é que quase sempre, agacharmo-nos semeando em cova rasa a semente
De uma alegria privada.
Aproveitam-se do ato, e estalam-nos nas costas
O pesado fardo da tributação insana (des) humana. Somos exploradores e explorados.
Queimados pelo Sol causticante, feito “burros de carga”, seguimos; tropeçando nos
Gargalos, semeados por quem conhece o caminho.O caminho das pedras.
Suprimindo a dor, sem perder a cor e nem o orgulho, segue o andor.
Exprimindo o ardor, o trabalhador: tropeçando nos gargalos; que lhe perfuram os velhos
Calos, enquanto seguem...
São gargalos que o ferem, não nos pés ou mãos, mas no coração.
Corrompidos na sua própria altivez o peleguismo descansa
E o trabalhador (Criança) vislumbra um futuro multicor, tenta amenizar a dor
Num reles pingo de esperança.