Charles Baudelaire
Fecunda noite do saber
Palavreando em prostíbulos da vida
De calva vista viu o belo no amor
Dentro da noite de Paris
Perpetuando seu prazer na boemia
Fecunda madrugada libertina
Levando flores para sua dama
O sono do cansaço carnal
Faz da felicidade sua companheira
Fez versos para sua formosa mulata
Escandalizou a sociedade preconceituosa
Cor púrpura de sua paixão
Teve em companhia e comunhão uma flor morena
Caminhou e levou amostras de sua arte
Escreveu versos românticos e apaixonantes
Em Albatros, fez da águia sua semelhança
Que desdenha da seta e afronta vendavais (CB)
Afugenta seus olhos, olhando o mar
Carrega uma imagem que somente a ti pertence
Os sentimentos relembram paixão
O cheiro de sua caminhada recende no ambiente
Sem choro nem mágoa aproxima para o beijo da saudade
O desequilíbrio pastoral da fé
Enrubesce sua face sem a luz natural
Emocionam suas amantes fulgurantes
Vida doce e destemida paixão
Viajante incomum sem vaidade
O aconchego da noite eleva sua visão
O gosto pela música o acaricia
Vibrantes versos plantados em sua memória