Charles Baudelaire

Fecunda noite do saber

Palavreando em prostíbulos da vida

De calva vista viu o belo no amor

Dentro da noite de Paris

Perpetuando seu prazer na boemia

Fecunda madrugada libertina

Levando flores para sua dama

O sono do cansaço carnal

Faz da felicidade sua companheira

Fez versos para sua formosa mulata

Escandalizou a sociedade preconceituosa

Cor púrpura de sua paixão

Teve em companhia e comunhão uma flor morena

Caminhou e levou amostras de sua arte

Escreveu versos românticos e apaixonantes

Em Albatros, fez da águia sua semelhança

Que desdenha da seta e afronta vendavais (CB)

Afugenta seus olhos, olhando o mar

Carrega uma imagem que somente a ti pertence

Os sentimentos relembram paixão

O cheiro de sua caminhada recende no ambiente

Sem choro nem mágoa aproxima para o beijo da saudade

O desequilíbrio pastoral da fé

Enrubesce sua face sem a luz natural

Emocionam suas amantes fulgurantes

Vida doce e destemida paixão

Viajante incomum sem vaidade

O aconchego da noite eleva sua visão

O gosto pela música o acaricia

Vibrantes versos plantados em sua memória

Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 01/05/2015
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