Meu testemunho
Nas tábuas podres da ponte
Havia cicatrizes do tempo
Poeira velha vinda do horizonte
E uma velhice como exemplo.
Foi feita ainda nos anos dourado
Quando não se falava em cimento
As toras tiradas bem na mata ao lado
Quais da devastação estavam isento.
O carro de boi era o transporte
Tão forte como um trem de aço
Tanto no sul como no norte
Atravessava rios e riachos.
Neles a agua bem cristalina
Cheio de lambari selvagem
Ia desaguar em outras colinas
Fazendo um zigue e zague durante a viagem.
Hoje o que mais resta dessa história
Como lembrança foi parar no museu
Um passado de riquezas e glórias
Herança que o papai viveu.
Porém tudo foi ficando inundado
O homem matando a nascente
Peixes morrendo envenenado
E o sol ardido agonizando a gente.
Onde era mata virou sertão
O que era uma lagoa soterrou com entulho
Raramente se vê uma gota de chuva cair ao chão
Apenas ouço o trovão fazer barulho.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com