Súplica à Razão

Não me olhe assim,

Com este olhar quente e ofuscante,

Este olhar que me enfeitiça,

Que penetra o meu corpo,

Que me queima as vísceras e

Faz arder a minha alma.

Não me olhe com esse ar de curiosidade,

Com essa boca de ansiedade,

Com esse corpo cheio de desejo.

Não permita que eu a olhe,

Pois não resisto.

Não permita que eu a toque,

Pois não consigo evitar.

Não fale comigo,

Pois só ouço o seu coração.

Não se lembre de mim,

Pois não posso esquece-la.

Alberto Silveira
Enviado por Alberto Silveira em 29/04/2015
Reeditado em 15/12/2017
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