Súplica à Razão
Não me olhe assim,
Com este olhar quente e ofuscante,
Este olhar que me enfeitiça,
Que penetra o meu corpo,
Que me queima as vísceras e
Faz arder a minha alma.
Não me olhe com esse ar de curiosidade,
Com essa boca de ansiedade,
Com esse corpo cheio de desejo.
Não permita que eu a olhe,
Pois não resisto.
Não permita que eu a toque,
Pois não consigo evitar.
Não fale comigo,
Pois só ouço o seu coração.
Não se lembre de mim,
Pois não posso esquece-la.