Sem Amor
Faminto de amor, carinho e prazer.
Olho em volta e procuro o sentido.
Nada encontro e calo, entupido.
E sigo o caminho, sem nada a dizer.
Sim, perdido na vida! Sou eu.
Quem não ama, não sente, não é.
Quem não ama, não vive, nem quer.
Quem não ama tem nada que é seu.
Assim, angustiado e sem nada a fazer.
Palavras de amor, a quem resta dizer?
Parede me escuta, mas sempre calada.
Eu ando sozinho, meio sem rumo.
E abandonado e fugindo eu sumo,
Pra terra do nunca, reflexo do nada.
IGOR TENÓRIO LEITE
07/03/05