Madrugadas.
Madrugadas.
Mais um fim de noite
A vida em um açoite
Lembra de mais uma rotação.
Como um filme, passa em minha mente
Tanta coisa, tanto sonho, tanta gente!
Caminhos, muros, pontes,estradas...
Ladeiras e abismos.
Delimitam meu ser...
Mutas imagens mentais levam-me a você
Meu porto, cais...
E o tempo tão inclemente,
Tira-nos tanta coisa,
Tanto sonho,
Tanta gente!
E nessa gélida madrugada,
A vida fala-me
Com voz de saudade
Que o coração
É cântaro de amor!
Ouço sua canção
E sigo, só.
Elenite Araujo.