PRA MARTE

PRA MARTE

A gente vive na toca

A gente não se toca

Que o buraco é mais embaixo

Bem abaixo

Da superficialidade

Em que navega a humanidade

Fisgada em redes

Que não tem paredes

Nem limites

E discute-se de políticos a artrites

E o buraco aumentando

O ozônio penetrando

A zona medrando

A água acabando

O petróleo jorrando

A vida sã findando

Não há mais arte

Destarte

Tenho passagem marcada

Pra Marte

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 25/04/2015
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