PRA MARTE
PRA MARTE
A gente vive na toca
A gente não se toca
Que o buraco é mais embaixo
Bem abaixo
Da superficialidade
Em que navega a humanidade
Fisgada em redes
Que não tem paredes
Nem limites
E discute-se de políticos a artrites
E o buraco aumentando
O ozônio penetrando
A zona medrando
A água acabando
O petróleo jorrando
A vida sã findando
Não há mais arte
Destarte
Tenho passagem marcada
Pra Marte