CAVALOS DE PAU:
Igualzinho gafanhoto. Seriam pançudos?
Trepavam, cavalos de pau de três rodas
Guiados por seus pés
Desciam, subiam, às depressões do sertão hostil,
E em meio ao areal, desapareciam à poeira,
Sob as rodas de seus “cavalos” sobre o torrão
Lá adiante, ao horizonte
O tempo barrava seu alazão
Deixando as marcas do tempo
Tatuadas em sua epiderme
Com seus cavalos inertes ao chão
Alimentavam-se de emoção
E transbordando de razão
Comiam seus sonhos pueris.