Poesia Digital
Sentado em frente a uma caixa,
Bits e bytes embaralhando tudo.
Da mente fluem perguntas laicas,
Mas não há respostas no futuro.
Dedos em teclas enfileiradas,
Barulho do toque viciado.
As letras na tela desesperadas,
Saltando num balé marcado.
As luzes que piscam o tempo todo,
Avisando que ali se faz poesia.
Que sentado em frente há um bobo,
Enterrado em velha monotonia.
Muito sem graça o meu espaço.
Não há nada que traga regaço,
A minha mente faminta.
Aprisionado na tela, nada vejo!
Mas na mente há o bocejo,
De poesias extintas.
IGOR TENÓRIO LEITE
04/05/2006