Ah! Vais...

Vais demorar

Eu sempre soube

Feita tempestade caprichosa

Um vento adestrado a gingar

Pra que eu admita e prove

O aperto da saudade

Vais caprichar essa distância

Feita noite de inverno

Mil montões de horas ciciando com vaga-lumes

O prazer que te dá essa ausência

Eu provando do teu veneno

E pintando lagrimas na cor do ciúme

Vais reinar

Num tempo castrado de eternidades

Rosa no auge de sua fragrância

Púbere dos perigos do verbo amar

E dos limites de sua grades

Mas dona de sua elegância

Mas vais voltar

Sedenta do calor do vulcão que há em mim

Coagindo uma timidez no teu rosto

Querendo de novo me enganar

Com a copiada trapaça de arlequim

Ignorando que é dessa parte da novela que eu mais gosto.

Odibar João Lampeão
Enviado por Odibar João Lampeão em 23/04/2015
Código do texto: T5217003
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