Ah! Vais...
Vais demorar
Eu sempre soube
Feita tempestade caprichosa
Um vento adestrado a gingar
Pra que eu admita e prove
O aperto da saudade
Vais caprichar essa distância
Feita noite de inverno
Mil montões de horas ciciando com vaga-lumes
O prazer que te dá essa ausência
Eu provando do teu veneno
E pintando lagrimas na cor do ciúme
Vais reinar
Num tempo castrado de eternidades
Rosa no auge de sua fragrância
Púbere dos perigos do verbo amar
E dos limites de sua grades
Mas dona de sua elegância
Mas vais voltar
Sedenta do calor do vulcão que há em mim
Coagindo uma timidez no teu rosto
Querendo de novo me enganar
Com a copiada trapaça de arlequim
Ignorando que é dessa parte da novela que eu mais gosto.