Canção recordadora
Eu gosto do frio
Gosto de lembrar
Daquele passeio
O nosso lugar
Fazemos a crueldade do tempo
Mas não somos meros culpados
Vê-se a realidade do vento
Ao arrasto de folhas nos prados
Vamos enaltecer a beleza
Não é vã essa insatisfação
Do passado, o fascínio é certeza
E o presente não possui duração
Um beijo para a palavra encontrada
Infinito
Sem essa de que é profundo ou é nada
Insisto
A vida se faz em versos
O todo vira música
Arrepios são eternos
Uma sinfonia única
E eu aqui no prazer da lembrança
Conhecendo a esperança
No sentir e valorizar cada detalhe
Definindo o termo ''tarde''
De material só encontro o suspiro
Mas nem sei mais o que é abstração
Nestes escritos coloco o grunhido
Da alma livre em suave canção.