agulhas de prata
para Corrado Lannia
minha vida andava melancólica
cada vez mais curvada
com cheiro de camélia morta
sonhei que era um castelo de areia
desfeito pela inveja do mar
a esperança estava por um fio
quando o conheci
mago e alquimista
vindo de algum exoplaneta
armado com suas agulhas de prata
me recompôs tintim por tintim
dos pés à cabeça do corpo e da alma
não há palavras para agradecer
com este poema tentei