MEU GRITO
À vela do tempo lânguida se apaga
Pobre gôndola frágil naufraga
Quando a vésper descola do firmamento
Minh’Alma paulatinamente se angustia
Meu pobre espírito sem rumo vadia
No éter de lúgubres e parvos sentimentos
Embevecido destes desejos eternos
Meu eu, desafortunado então se hiberna
Nas crateras de pensamentos tão profundos
Buscando tão somente uma manudução
Um círio, uma sonhada esperada direção
Que possa vir clarear meu negro mundo
Oh! Minh’alma em desespero e em conflito
Por que deixaste escapar este amargo grito
Mesmo sabendo que ninguém pode te ouvir?
Tira-me, por favor, deste gélido calabouço
Remova este pesado grilhão do meu pescoço
Não deixe meu destino me exaurir