Suor
Quando não há mais palavras, é preferível calar
Ou simplesmente gritar insanamente?
Não sei se essa secura tão seca
Faz deste coração terreno bom, faz bom lugar.
Poder-se-ia ser a falta de sua chuva, não, de sua tormenta
Não tenho mais palavras para esse tormento de estar seco de ti
E encharcado da falta, molhado de lembranças, poeira nos olhos.
Devo gritar até ficar rouco, louco, solto?
Não grito, só peço suas águas:
Batizar-me em ti sacraliza meu instante.