PORTAS E JANELAS FECHADAS

Sob aparente sossego da lâmina d’água,

Ruge tempestade em ondas sufocadas.

Cri na pureza das confissões,

Dobrei joelhos,

Estendi as mãos.

Portas e janelas foram fechadas,

Indiferentes às procissões.

O máximo arrancado de mim

Foi-lhe entregue.

Antes que lhe dissesse sim,

Abandonou-o à beira do caminho

Sangrando, exposto.

À espera da verdade em que acreditei,

Estendo as mãos acolhedoras,

Recolhedoras

Em posição de colher o que não sei

E de respostas

Consoladoras.

20.04.2015

16:37

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 20/04/2015
Reeditado em 21/04/2015
Código do texto: T5213976
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