PORTAS E JANELAS FECHADAS
Sob aparente sossego da lâmina d’água,
Ruge tempestade em ondas sufocadas.
Cri na pureza das confissões,
Dobrei joelhos,
Estendi as mãos.
Portas e janelas foram fechadas,
Indiferentes às procissões.
O máximo arrancado de mim
Foi-lhe entregue.
Antes que lhe dissesse sim,
Abandonou-o à beira do caminho
Sangrando, exposto.
À espera da verdade em que acreditei,
Estendo as mãos acolhedoras,
Recolhedoras
Em posição de colher o que não sei
E de respostas
Consoladoras.
20.04.2015
16:37