Da pergunta sobre como está o coração

Ferido, rachado pelas circunstâncias da vida.

Meu coração é o deserto que foi Éden

a dor que foi alegria

a cruz que virou espada.

É a tentativa da reação, da ascensão

De tentar colocar as “coisas” no lugar

Um amor, um sentimento o deixou assim

São essas coisas da vida que nos passam a perna

Situações em que nos entregamos

Vivemos para o “momento”

E perdemos a batalha

O mais dolorido? não poder fazer nada

Absolutamente nada.

Lugar de confusão, lugar que já foi fonte de conselhos

Hoje não consegue sustentar-se com seu próprio espelho

Lugar de medo, insegurança. Lugar onde nasci

E parece que irei partir!

Residência de canções que marcaram minha vida,

Ele é o encontro dos sintomas, dos desejos, das traições

Dos deuses, do embelezamento, das guerras e da mente.

Seu lado externo anda ferido, anda machucado, anda sentido.

Sim, o lado externo anda doente, precisado de amor.

Ah essa palavra! Impossível não relacionar ele com ela.

Morte e vida

Tom e Vinícius

Deus e mãe.

Marcado estou no interno, sem cor continuo.

E quando me perguntares novamente pelo meu coração

Prometo não ser tão demorado

Direi que ele nada mais é do que efeito da sua rejeição.

Arthur Montenegro
Enviado por Arthur Montenegro em 20/04/2015
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