Da pergunta sobre como está o coração
Ferido, rachado pelas circunstâncias da vida.
Meu coração é o deserto que foi Éden
a dor que foi alegria
a cruz que virou espada.
É a tentativa da reação, da ascensão
De tentar colocar as “coisas” no lugar
Um amor, um sentimento o deixou assim
São essas coisas da vida que nos passam a perna
Situações em que nos entregamos
Vivemos para o “momento”
E perdemos a batalha
O mais dolorido? não poder fazer nada
Absolutamente nada.
Lugar de confusão, lugar que já foi fonte de conselhos
Hoje não consegue sustentar-se com seu próprio espelho
Lugar de medo, insegurança. Lugar onde nasci
E parece que irei partir!
Residência de canções que marcaram minha vida,
Ele é o encontro dos sintomas, dos desejos, das traições
Dos deuses, do embelezamento, das guerras e da mente.
Seu lado externo anda ferido, anda machucado, anda sentido.
Sim, o lado externo anda doente, precisado de amor.
Ah essa palavra! Impossível não relacionar ele com ela.
Morte e vida
Tom e Vinícius
Deus e mãe.
Marcado estou no interno, sem cor continuo.
E quando me perguntares novamente pelo meu coração
Prometo não ser tão demorado
Direi que ele nada mais é do que efeito da sua rejeição.