Ser

A porta se abre, mais um ser chega, as incertezas aumentam a cada dia, e a vida, por ser querida vai caminhando ao e pelo desespero.

As famílias se remontam, o bem figura num papel comum, e o ser, para ser, veste sua capa protetora e se arrisca num canto indeterminado, o qual teimam a chamar de razão.

Daí citam alguns em demasia: "-sobre o que se trata essa canção; Oh homens! Estapafúrdios aparentes, crentes, alimentados por palavras, determinado em sílabas, criticado pelas mesmas, ovacionado pela contemplação e seduzidos por um, pelo outro, pela carne, pelo sangue.

Tantas decisões pós nascimento, tantas estranhezas relacionadas, tantas teses mau faladas, o tempo, o sorvete, o doce, a tentação.

Embora haja emoção, esse andar parece sem lógica, pois o que se aconchega, instantaneamente segue viciada e tentada à contemplar para negar o tédio. Fadada a conquistar, com fé no seu percurso faz mistério, retruca o igual, se joga no desconhecido e testa os perigos, pelo doce contemplar do diferente, que ainda se vê crente, na alma de tudo que coloca abaixo dos pés.

A realidade é montada, diferenciada, mas ao certo compartilhada. Daqueles que vivos experimentam a plenitude do planar, -daqueles que sobrevém sobrevividos, na tímida relação da vida, ser uma ferida ou ser temida, ter um fim é sim o necessário, pois nessa necessidade, por idade, o que dizemos é apenas o que se atualiza na sua matéria. E por isso mesmo, isto é, por ter constituição física, por ser um abrigo de ideias, por sentir algo no coração, repito, por isso mesmo é que se torna forma vulnerável. Pois, é da instantaneidade da vida que se monta um canto; E é da necessidade do todo, pelo todo e para o todo que dizemos simplesmente limitada, amada e determinada para o acontecer, que sem previsão de ser, repete apenas o que relaciona com o crescer.

Pingado
Enviado por Pingado em 19/04/2015
Reeditado em 20/04/2015
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