Pelas vias do Poema

A minha escrita é densa.

Sou prolixo

E, por isso,

Me pego em constante desavença

Com a pena.

Unir versos.

Por vezes, é simples.

Mas também é algo controverso.

É mergulhar a fundo

Até cair dentro de si mesmo,

Num emaranhado disperso.

Exprimir o inexprimível.

Tocar o sentimento intangível,

No meu particular universo.

Há de ser possível?

A poesia diz que sim.

Relutar com a pena,

Vai-te, sujeito, apenas.

Sofre as penas!

Anda pelas linhas tortas

Dessa escrita densa,

Até sair pelas vias do

Poema.

Via Poética
Enviado por Via Poética em 19/04/2015
Reeditado em 22/01/2016
Código do texto: T5212759
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