Atravesso a vida                                                                    
Organizo na noite a penumbra
Escrevo no perdão palavras sonolentas
Que caem no escuro orgânico em silêncio
Para exaltar a consciência viva
 
Ando pela rua e sigo o reflexo
De um espelho que prefiro não sentir
Para isolar a mágoa riscada na viela
Onde o passado cessa desfigurado
 
Atravesso todo percurso na razão de ser
Na parede abstrata tem um vulto             
Num formato sem sentido
 
Não enxergo além da minha vontade
Para não assombrar a imagem que me guia
E as árvores cantam nas azas do céu


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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 19/04/2015
Reeditado em 16/05/2015
Código do texto: T5212671
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