Atravesso a vida
Organizo na noite a penumbra
Que caem no escuro orgânico em silêncio
Para exaltar a consciência viva
Ando pela rua e sigo o reflexo
De um espelho que prefiro não sentir
Para isolar a mágoa riscada na viela
Onde o passado cessa desfigurado
Atravesso todo percurso na razão de ser
Na parede abstrata tem um vulto
Num formato sem sentido
Não enxergo além da minha vontade
Para não assombrar a imagem que me guia
E as árvores cantam nas azas do céu
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