Lembranças

 
Lembro-me da rosa ao entardecer
A semear a alegria que deslizava
Na parte suave da solidão
Mudando a rota do cansaço
 
Lembro-me da chuva lisa que corria
Lavando o rosto aberto na lágrima
A aquietar a emoção partida
Em raios transparentes de luz
 
Lembro-me do dia que ardia em tristeza
Ceifando a voz do vento no sopro
Que penetrava no encanto das horas
 
Lembro-me do soluço sem tempo
Que projetava um olhar assustado
Na vida sem lembranças


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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 19/04/2015
Reeditado em 10/09/2015
Código do texto: T5212538
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