Lembranças
Lembro-me da rosa ao entardecer
A semear a alegria que deslizava
Na parte suave da solidão
Mudando a rota do cansaço
Lembro-me da chuva lisa que corria
Lavando o rosto aberto na lágrima
A aquietar a emoção partida
Em raios transparentes de luz
Lembro-me do dia que ardia em tristeza
Ceifando a voz do vento no sopro
Que penetrava no encanto das horas
Lembro-me do soluço sem tempo
Que projetava um olhar assustado
Na vida sem lembranças
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