TRANSNOMINAÇÃO
Teu corpo é uma metonímia
Nasceu para ser exposto
E se te mostras demais
É porque escondem o teu rosto
Teu caso, teu lar
É o que te denota quando queres
Teus seios, teus saltos
É o que te bate é o que te fere
E quando assumes um olhar de anjo
Em poucos segundos se faz fera
E quando eu digo que te amo
Vejo teu sorriso de promessas sérias
Os dias te escondem
As noites revelam-te
Teus brilhos te chamam
As sedas te vestem
E neste jogo tão belo
De verdade ou imitação
Teus beijos tão certos
Fazem-te morrer na solidão