DESENCANTO

O olho que me via

A muito se fechou,

Pra longe se foi,

Nem saudades deixou.

Aquele sorriso

Que tanto admirei,

Nos olhos tristes

A alegria que matei.

O desejo sufocado

Ficou no peito,

A lembrança

Do sangue derramado.

Na rima dos versos

Me fugiu a imaginação,

Confundindo a mente

Fazendo-se sem razão.

Canto agora

A letra de uma canção,

Mesmo assim,

Não me acompanha meu violão.

Sento a beira do abismo,

Me lanço no mundo,

Volto, há uma esperança

Talvez seja mais um segundo.

Talvez haja

Uma maneira de viver

Que se encontre a razão

No coração daqueles

Que anseiam por ver a explosão.

Waldisson Cardoso
Enviado por Waldisson Cardoso em 17/04/2015
Código do texto: T5210328
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