BEIJOS ESQUECIDOS
JB Xavier
Despe-se o céu em tortas caricaturas de silêncios ausentes
Enquanto a realidade se contorce em espirais de insanidades
Elevando-se ao infinito, na clausura de liberdades contidas
Perpetuando a agonia da ausência de sentido e significados.
Ruge a lua ao uivo de outrora elevadas intenções, hoje caídas,
Queima o vento a pele enrugada pela longa estiagem de amor,
E no firmamento, crepitam estrelas, como fagulhas do incêndio
Que devora pouco a pouco a alma em solidão.
Volatiliza-se o horizonte, diluindo-se em confusos infinitos
Dissolve-se o sol, absorvido por tempestades indomáveis,
Enquanto o rochedo chora a falta de carícias das ondas
Que sobre si derramavam-se em carinhos inconcebíveis...
Vai-se o tempo, absorvido no vórtice de perdidas existências
Escoando-se por frestas de incontáveis desesperanças,
Enquanto o ocaso extingue o dia, cobrindo-o com penumbra
Cujos silêncios abafam os gritos de veladas promessas.
Deita-se a esperança no leito que lhe servirá de túmulo,
Vencida, enfim, pela longitude do caminho, além de suas forças,
E cansados da caminhada, repousam o abraço não dado,
O sorriso aprisionado, o passo congelado, o beijo esquecido...
Lentamente as luzes dos sonhos cedem à noite dos vazios da alma
Enquanto o clamor de mil vozes consome-se em inúteis questionamentos]
À espera de um amanhecer sempre mais distante e improvável
Onde um novo dia, nos braços da esperança moribunda, há de nascer... ]
* * *
JB Xavier
Despe-se o céu em tortas caricaturas de silêncios ausentes
Enquanto a realidade se contorce em espirais de insanidades
Elevando-se ao infinito, na clausura de liberdades contidas
Perpetuando a agonia da ausência de sentido e significados.
Ruge a lua ao uivo de outrora elevadas intenções, hoje caídas,
Queima o vento a pele enrugada pela longa estiagem de amor,
E no firmamento, crepitam estrelas, como fagulhas do incêndio
Que devora pouco a pouco a alma em solidão.
Volatiliza-se o horizonte, diluindo-se em confusos infinitos
Dissolve-se o sol, absorvido por tempestades indomáveis,
Enquanto o rochedo chora a falta de carícias das ondas
Que sobre si derramavam-se em carinhos inconcebíveis...
Vai-se o tempo, absorvido no vórtice de perdidas existências
Escoando-se por frestas de incontáveis desesperanças,
Enquanto o ocaso extingue o dia, cobrindo-o com penumbra
Cujos silêncios abafam os gritos de veladas promessas.
Deita-se a esperança no leito que lhe servirá de túmulo,
Vencida, enfim, pela longitude do caminho, além de suas forças,
E cansados da caminhada, repousam o abraço não dado,
O sorriso aprisionado, o passo congelado, o beijo esquecido...
Lentamente as luzes dos sonhos cedem à noite dos vazios da alma
Enquanto o clamor de mil vozes consome-se em inúteis questionamentos]
À espera de um amanhecer sempre mais distante e improvável
Onde um novo dia, nos braços da esperança moribunda, há de nascer... ]
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