Terceiro Surrealista
Um movimento
Uma espera
A frase não se completa
Se transforma em solidão
A palavra no ar
Como ao ar se lançam mãos
Travessas e becos mal iluminados
O mar de Camões
Pra quem não conhece o mar
Se jogar uma luz, fica óbvio
Se deixar sombrio, viram sermões
Dúvidas, dívidas da razão
Senhores escravos
Que a certeza corrompe, calai!
Deixai que falem as lacunas
Amigas eternas de quem sabe o mar
De quem ouve as dunas
De quem se orienta pelas estrelas