com um coração inquieto

com um coração inquieto,

assisto ao definhar dos anos.

cobiçando torquato neto,

devorando augusto dos anjos.

quero que todo mundo ouça

esse meu grito latente e grave.

me conforto em cruz e souza,

segurando firme em baudelaire.

no passado alguém disse

que o direito ao grito existia -

direito decretado por clarice,

depois bem reforçado por lya.

sem pudor, eu sigo adiante

e bebo escorado em dostoiévski;

rezando bem alto pra fante,

pra que ouça, meu grito, leminski.

Marcio Evair
Enviado por Marcio Evair em 15/04/2015
Reeditado em 15/04/2015
Código do texto: T5208504
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