E agora PETÊ?


E agora, PETÊ?
A festa acabou,
a estrela apagou,
o militante sumiu,
o povo acordou,
e agora, Petê?
e agora, você?
você que é sem ética,
que xinga os outros,
você que rouba,
que conta mentira,
e agora, Lula?

Está sem parceiro,
está sem discurso,
está sem saída,
já não pode beber,
já não pode fumar,
o câncer não deixa,
aquela voz rouca,
já não mais engana,
o Dirceu está preso
o Delúbio está preso,
E agora é o Vaccari
e tudo ruiu
e tudo fodeu
e tudo mofou,
e agora, Petê?

E agora, Dilma?
Sua palavra de ordem,
sua sede de grana,
sua fome de cargos
sua deseducação
seu farisaísmo

Seu macacão de operário
sua incoerência,
seu ódio  dos ricos- e agora?

Tem a chave na mão
para abrir a porta do cofre,
mas o cofre fechou;
saqueou a Petrobrás,
mas a Petrobrás pifou;
quer voltar para São Caetano,

São Caetano não há mais.
Petê, e agora?

Se você confessasse,
se você reconhecesse,
se você não mentisse,
se você renunciasse,
se você desistisse,
se você fechasse…
Mas você não fecha,
você é teimoso, Lula!

Sozinho no Congresso
qual animal enjaulado,
sem credibilidade,
sem nenhuma bandeira
para se enrolar,
sem liderança confiável
que o tire da crise,
você marcha Petê!
Petê, pra onde?

 
( inspirado no poema E Agora José, de Carlos Drummond de Andrade)