Derramo-me
Então vens até mim,
Pedes perdão, implora reconciliação.
Pensas que esquecerei assim de plano todo o engano.
Pena que não sei como lobotomizar-me.
Pena que não tenho mais medo,
Apesar da dor, da ausência eu segui.
Sem imaginar ou ansiar esse reencontro.
Alma penada não pode fazer mal, foi o que disseram.
Mas almas ainda podem ser tocadas, afagadas, magoadas e perdidas.
Vá, volte de onde veio.
Deixe de me assombrar.
Ou então fique..
Fiques aqui..
De onde nunca deverias ter ido....
Ela lia o poema sem pensar que a dor do autor seria um dia a sua dor, chegou a debochar, chegou irritar, tão clichê, só mais um de amor, que falta de criatividade.
Em breve nobre menina, em breve entenderas que quando o coração de amor transborda só podemos lançar mão da poesia inata e derramar versos por aí.
By Lilyth