Triste!

Triste!

Sento-me à mesa do escritório.

Escrevo ao mundo,cartas de amor

e poemas quase desesperados.

A falta de riquezas não apavora.

Quase nenhum sentimento

leva-me às lágrimas.

Sinto a ausência do amor na sala.

Abro as janelas, ouço pássaros

e não choro.

Cabe nos olhos as horas

do ser e do não ser.

O presente naufraga na boca.

O futuro ainda escrevo.

Não sei se será editado.

Lavo a língua,

Escovo os dentes,

mastigo palavras.

A vida continua.

A alma veste manhãs.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 14/04/2015
Código do texto: T5207152
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