Quando as trevas reinam
Quando as trevas reinam
Não haverá luz que possa reinar
O sol jamais poderá aparecer
Seu brilho nunca mais a iluminar
E nas trevas todos a perecer
Não haverá mais local seguro
Seres descarnados livres andarão
Suas almas exalarão algo impuro
Suas peles ulceradas em podridão
Quando as trevas enfim reinarem
Perdidos, gritarão por salvação
Quando a morte todos saudarem
Pedindo que esfaqueie o coração
Quando badalar o sino da perdição
Aglomerados de pedintes em mortalhas
Olharam para as trevas em oração
Pedindo enfim o fio da navalha
Derradeira hora de tormenta final
Entre corpos e sangue, haverá o desespero
Gritos rasgando e lágrimas de sal
Soluçando por um fim morbígero
Eduardo Benetti