Sonhos turvos

Sentada ali, diante do computador, precisa escrever, precisa poetizar, precisa expressar-se...

Nada sai, nada surge, nada lhe vem.

A inspiração brigou consigo, por dias, meses, anos...

Nenhuma linha lhe permitiu desenhar, nem mesmo a linha do seu sorriso.

Estava estática, muda, imóvel, fria, morta...

Lembrou-se que ouvira dizer que a paixão inspira canções, poemas, batalhas até...

Tentou lembrar, imitar e fantasiar uma paixão...

Pegou fotos antigas, olhou, sentiu ódio, rancor, mágoa...

Até que por falha, por acaso, por azar do destino, entre mil fotos de alguém, surge uma de ninguém...

Foi o bastante, foi o suficiente, sentiu as lagrimas no olhar, o coração acelerar, as mãos tremerem e digitou...

Contou, cantou e encantou..

Sofreu, amou e venceu..

Sonhou como seria, como foi, como é..

Mentiu pra si, para o mundo..

Após o devaneio, acordou, perdida ali.

Era apenas trapos quando lhe encontraram...

Hoje está renascida.

Translucida, magnifica, irradia sentimentos.

By Lilyth

Lilyth Luthor
Enviado por Lilyth Luthor em 13/04/2015
Reeditado em 13/04/2015
Código do texto: T5205425
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