IMAGINAÇÃO
Vidas passadas, não me lembro.
De quantas já passei
Só lembro desta agora
Que não sei quando vai acabar
Ontem me senti na floresta
Em volta de árvores gigantescas
Na beira de uma cachoeira a meditar
Hoje estou nesta selva de pedra
Onde só ouço barulhos de todos os lados
São automóveis buzinando
Aviões decolando
Crianças gritando de não ter o que comer
São velhos esmolando
Mulheres apanhando
Ladrões roubando e polícia matando
Que sentido tem esta vida
Aflita, agitada.
Quero voltar para a floresta
Conversar com os leões
Cantar com os bem-te-vis
Amar uma rosa
Viajar pelo mundo imaginário
Que só existe em minha mente
Mas que pode virar semente
De um novo porvir
Valmir Vilmar de Sousa