Na verga que se tem o mar...

Na verga que se tem o mar

Afoito entre velas, parado

Tão próximo de Ilha, de perdida

Rasteiro pelo salgado, que some

Vultos latinos andam pelo porão...

Vento que cá me trouxe

E nada deixou, sem nada a nadar

Castigo de uma insana perdição

Mistérios que atiçam o coração...

Cascos ardentes em enxames

Da tábua salvadora

Cá encolho pelos dias e noites

Afronta em relicários do passado

Látegos espreitam a paixão...

Vendaval não mais me atinge

Apenas lembranças de teu olhar

Fascinam a mente em avulsos lampejos

Enquanto espero a próxima chuva

Seca da água que se toma com a mão...

Do doce rincão que inda sonho

Mirante com doce paixão

Sulca em esperanças mesmo tardias

Para retornar a outro Porto.

Frisar outra praia com a própria mão!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 20/09/2005
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