LAMENTO NO BREJO 05-02
LAMENTO NO BREJO 05-02
Os sapos no brejo cantam pela chuva,
Assim como os mosquitos vampirizam,
As sementes da natureza caem no solo,
Caem em solo fértil da vida plena e farta,
O sim pode ser uma benção ou maldição.
Os sapos cantam e os índios são mortos,
Os lenhadores desmatam as matas tristes,
As sementes caem sob o solo ressequido,
Será que chovera para a vida vir e vingar?
O sim e o não é um ato que fica alheio,
A nos basta esperar e esperar num canto.
Os sapos irritam com o seu canto triste,
Tudo esta desequilibrado pelo civilizado
A semente cai na pedreira já sem terra,
Resta entrar no mundo da morte lentamente,
Os sapos apenas cantam pela chuva...
Os índios já perderam a sua cultura bela
O branco já perdeu seus valores de passividade
Restam agora os sapos nos brejos poluídos
Gritam em seu canto por um socorro...
Eu apenas vejo tudo triste como feijão mofado.
André Zanarella 05-02-2015