Soneto de um louco
 
Seu silêncio rompe a veste crua
Que atravessa a janela rasgada
Onde assiste a negligência fria
De um mundo liso pela crueza
 
Seus atos são redondos em formas
O olhar de espanto sorrir avesso
Num gestual onde se inclui
A vulgaridade de um louco consciente
 
Seu íntimo é transparente
Onde penetra a beleza clara e vazia
De um vago espaço em reforma
 
Vive completamente fora da realidade
Sua vida escorre na anatomia dos dias
E o tempo guarda o seu silêncio em vão


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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 09/04/2015
Reeditado em 17/08/2015
Código do texto: T5200384
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