PRA DOR PARIR SEU ALÍVIO.
Meu tempo permeia, acolhe, açoita
deixa a cor sem palavras, o certo sem casa
faz a dor parir seu alívio.
Meu tempo incorpora entidades todas
é sagaz nas suas verdades, cruel nos engasgos,
desossado nas vozes que deixa rugir.
Meu tempo sabe dos medos, dos rodeios, das brechas não talhadas,
é invasor quando bem quer, ator quando o texto manda,
embaça os pensamentos feito gozo mal ajambrado.
Meu tempo é mambembe, meio descabelado, meio turrão,
quando saca sua carabina vira senhor de Deus
quando se diz farto é que se faz oco
quando é hora de rodar a baiana a festa é toda
quando é tempo de ser pleno, não tem pra ninguém
nem pra mim mesmo.
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