Sovaco de Cobra
Minha vida escorre pela testa,
Pela fresta... Minha luz vaza.
A razão me sequestra,
Adestra... Amputa minhas asas.
Esse sol me congela,
Imóvel em paralelas... Círculos.
Arcada amarela,
Não se desenha janela... No papel ridículo.
Mais um devaneio diurno,
Momento oportuno... É o sovaco da cobra.
São onze e meia eu sem rumo,
Contudo os sonhos exumo... Pois é só o que tenho de sobra.