Sigo a desenhar palavras
 

Onde a voz do mundo ecoa
Sigo a tropeçar nas palavras
Lá escrevo demasiado em crateras
Cravado pela incoerência
Na ternura dos meus versos
Sujos de amor
E lá na frente escancaro
Os meus escombros
Quero muito descobrir quem Sou
Até posso viver sem ser
Sei que já perdi tantas coisas
Posso até afogar de vez
O pouco que me resta
Quando olho dentro de mim
Marco as etapas
E saiu a pichar palavras
Dos meus sonhos
Sei que não tenho um amor
Mas ainda posso pensar
Para sujar as páginas
E quase sempre chove
Nas frases que no acaso escrevo                 
Com sonhos que sonharei
Ou talvez não



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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 08/04/2015
Reeditado em 12/10/2015
Código do texto: T5199660
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