Sigo a desenhar palavras
Onde a voz do mundo ecoa
Sigo a tropeçar nas palavras
Lá escrevo demasiado em crateras
Cravado pela incoerência
Na ternura dos meus versos
Sujos de amor
E lá na frente escancaro
Os meus escombros
Quero muito descobrir quem Sou
Até posso viver sem ser
Sei que já perdi tantas coisas
Posso até afogar de vez
O pouco que me resta
Quando olho dentro de mim
Marco as etapas
E saiu a pichar palavras
Dos meus sonhos
Sei que não tenho um amor
Mas ainda posso pensar
Para sujar as páginas
E quase sempre chove
Nas frases que no acaso escrevo
Com sonhos que sonharei
Ou talvez não
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.