Aquele Tempo
Esse cheirinho de chuva
Quando bate no telhado,
Cheiro de mato verde,
Cheiro de barro molhado.
Lembro do tempo da roça,
Quando estava ao seu lado,
Fazendo comida na lenha,
Sentado num banco quebrado
Contando histórias à noite
Debaixo do céu estrelado
Com a Lua no canto brilhando
E o vento no rosto gelado.
Que saudade desse tempo,
De quando eu era criança
Corria de pés descalços,
Deitava no chão da varanda.
Que saudade tenho de você,
Que era criança inocente.
Vivíamos tranquilos no mundo
E Deus cuidava da gente.
Que saudade! Ah, que saudade!
Walter Vieira da Rocha
06 de abril de 2015