O Canto do passarinho

Na minha mente cantou algo assim:

Viu poeta novo, quanto é velho teu sentir?

Será que é dessa vida todo amor que sentes em ti

Ou será ainda que é a canção do bem-te-vi

Que na manhã linda se exibia ao teu sorrir

E no anoitecer não desejou te ver assim

Lembrando a tristeza que não deseja existir

Na minha mente era a minha alma quem cantava

Contra meu choro por tragédias anunciadas

Vinde a poesia como a cura da mente alva

Que pendeu a se entregar ao desfortúnio do que amava

Vinde alegria de despejar-me nessa página

De selar minha dor como uma carta a mim mesmo

e enviá-la ao eu mais ermo

Encontro na minha mente o passarinho da manhã

Enquanto estou nas trevas do meu eu sozinho

Revejo o amigo assobiando no dia ensolarado

Sendo quase outro dia, nem podendo ver o que há ao lado

Algo no nada irradia tristeza e vazio

Mas não há nada como ouvir meu passarinho

Que o soltei antes que pudesse fugir

Lopes Neto
Enviado por Lopes Neto em 07/04/2015
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