O Canto do passarinho
Na minha mente cantou algo assim:
Viu poeta novo, quanto é velho teu sentir?
Será que é dessa vida todo amor que sentes em ti
Ou será ainda que é a canção do bem-te-vi
Que na manhã linda se exibia ao teu sorrir
E no anoitecer não desejou te ver assim
Lembrando a tristeza que não deseja existir
Na minha mente era a minha alma quem cantava
Contra meu choro por tragédias anunciadas
Vinde a poesia como a cura da mente alva
Que pendeu a se entregar ao desfortúnio do que amava
Vinde alegria de despejar-me nessa página
De selar minha dor como uma carta a mim mesmo
e enviá-la ao eu mais ermo
Encontro na minha mente o passarinho da manhã
Enquanto estou nas trevas do meu eu sozinho
Revejo o amigo assobiando no dia ensolarado
Sendo quase outro dia, nem podendo ver o que há ao lado
Algo no nada irradia tristeza e vazio
Mas não há nada como ouvir meu passarinho
Que o soltei antes que pudesse fugir