sem nome
Queria tirar essa roupa suja
Me livrar dessas pequenas obrigações
De sorrir e acenar
De fingir que a gente se conhece
E beber até acreditar.
Queria tossir tudo de uma vez
Jogar até a lixeira fora
Mas essa meia gratidão mecânica
E esse sofá de ferro
Calejaram mascarados de conforto
Hoje quase me acomodo bem
E o engasgo na minha garganta, não é palavra.
É impulso.