BAILADO DO VENTO!

O vento entrou num bailado

Quem o vê sente arrepio

Vou ficar acautelado

Neste dia acinzentado

Que trouxe de volta o frio!

É que na rua onde eu moro

Parece o vento rodar

Mas depressa o ignoro

Fecho os meus olhos e choro

Na esp`rança de o alcançar!

Ele foge a sete léguas

E comigo não quer nada

Parece o tropel das éguas

O maroto não dá tréguas

Às vezes vem de rajada!

Com a folhagem desprendida

Faz sua dança a rigor

Assim sem meia medida

Acata-se em nossa vida

Dela se faz dono e Senhor!

Numa aragem rude ou leve

Mesmo sem qualquer simpatia

Sinto o vento que se atreve

A ficar num instante breve

Nas margens…desta poesia!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 06/04/2015
Código do texto: T5196914
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