Poesia do desejo

O que os olhos não vêem,

o meu estômago irá sentir.

Aguçará, esvanecerá,

Mas contará sem recentir.

Sensível ele abusa dos fatos

que de ora em quando acontece.

Umas manias bestas

De curiosidade rastreante.

Talvez seja as forças da magia

Que preferem me avisar,

Mas que me abismam

De tanto informar

Não sei ao certo,

O que me faz calejar

Tropeçando na calçada

Depois de tanto tentar

Me faz sensível de novo

Perceptível de novo

E de tanto pensar percebo:

Que a poesia, talvez seja, o meu maior desejo.