MEIA-NOITE

meia-noite!

menina dos olhos do vampiro,

tuas unhas no céu de papiro,

teu sorriso sarcástico açoite!

em ponto,

sussurras no ouvido de certo anjo

algumas operetas sem arranjo,

e mesmo assim o deixas leve e tonto.

meia-noite,

quem diria,

és a negra mãe do outro dia

meia-noite,

eu não sabia,

que a cada noite uma nova meia-noite havia.

cesar marsari