Cuecas e Calcinhas...
Por mais diamantes que douram as pílulas,
Negam, negando toda e qualquer negação,
Balançam esquálidos arames e cortinas,
Não há fumaça que desfaça a serração,
Dos complicados aos aplicativos, uma tomada,
Um curto para disparidades ímpares,
Tanta fadiga para anos principiantes, mais fugas,
São novos fantasmas, nada mais com o outrora,
Barrigas elásticas e nem é gravidez,
Meros robozinhos de uma melodia mecânica,
Nem a nau escura, enxergam na contramão,
Apenas vociferam na ardência tão etílica,
Por quais varinhas mágicas, melancolia de vagão,
Substratos de verão, todos os indícios e vícios,
Esticam sem pegar na mão, mal reconhecem uma letra,
Grunhidos e caretas, igual insônia da gárgula,
Apenas pedem, tomam, retiram e nada tem,
Vampiros sem dentes, canudos vazios e frios,
Do sangue que brotam, bataquaras trêmulas,
Dedos balançam na gaveta até um toque,
Nota-se a vontade de pegar esta mão,
Mas, ainda disfarça o medo de entregar-se...
2013