Cuecas e Calcinhas...

Por mais diamantes que douram as pílulas,

Negam, negando toda e qualquer negação,

Balançam esquálidos arames e cortinas,

Não há fumaça que desfaça a serração,

Dos complicados aos aplicativos, uma tomada,

Um curto para disparidades ímpares,

Tanta fadiga para anos principiantes, mais fugas,

São novos fantasmas, nada mais com o outrora,

Barrigas elásticas e nem é gravidez,

Meros robozinhos de uma melodia mecânica,

Nem a nau escura, enxergam na contramão,

Apenas vociferam na ardência tão etílica,

Por quais varinhas mágicas, melancolia de vagão,

Substratos de verão, todos os indícios e vícios,

Esticam sem pegar na mão, mal reconhecem uma letra,

Grunhidos e caretas, igual insônia da gárgula,

Apenas pedem, tomam, retiram e nada tem,

Vampiros sem dentes, canudos vazios e frios,

Do sangue que brotam, bataquaras trêmulas,

Dedos balançam na gaveta até um toque,

Nota-se a vontade de pegar esta mão,

Mas, ainda disfarça o medo de entregar-se...

2013

Peixão
Enviado por Peixão em 05/04/2015
Código do texto: T5195344
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