Tardes
Na calma modorrenta, começo de tarde,
Hora em que os pássaros cochilam em seus ninhos,
Estão desertos trilhas, ruas e caminhos,
O sol derrama seu calor e a pele arde.
Os olhos pendem denotando o cansaço,
Em vão tenta concentrar-se na leitura,
Agora ler não é prazer, é uma tortura.
A mão se abre, cai o livro, cai o braço,
Neste ponto a natureza é exigente
E não descuida quando é hora do descanso,
A rede aos poucos vai parando seu balanço,
Exausto, o corpo se acomoda finalmente.