Mergulhando no acaso

Todas as manhãs, caio de cara

Cara vida, sai caro seus dias

Sem parecer, na imensidão

Boto minha cara, sobre a gesticulação

Voando e caindo, sem amparo

Mergulhando no acaso, por acaso

Observo e paro, pasmo

Preso dentro da cabeça

O sentido é que não enlouqueça

O caso é se libertar, jogando-se

Dançando com o ar em fúria

O vento, prazeroso, bate e vai

Forte desaba tudo, e tudo em respeito cai

Cara de desprezo, desesperado

Cara vazia, olhar amargurado

Belo dia, pra não por a cara

Neste mundo desencontrado