ouço vozes
Ouço vozes
Ouço vozes gemidos e gritos
Pedidos de socorro correntes arrastando em um caminhar sofrido
Gritos e estralos de chicotes assassinam o silencio da noite
Mais uma alma foi morta no tronco a chibatadas no açoite
Vejo a esperança enforcada
Os sonhos esquartejados pelas ruas banhadas em maculas
Novas vitimas acorrentadas
Velhos corpos morrem olhando a liberdade pelas grades da senzala
Escuto a dolencia de um berimbau em choro
Ouço vozes com gingado sobre o solo de uma corda so e varios pedidos de socorro