'As linhas dos anjos''
''As linhas dos anjos''
Tristeza expelida por seus imensos olhos
Um céu nublado em seu doce rosto
Melancolia no pequeno coração
O vento do silêncio matara seus sonhos
A gaveta da escrivaninha abria-se
O singelo diário da garota sorria
Empunhou a caneta de tinta preta
E teceu nas páginas a leve poesia
Sobre tormentos de sua alma
Aflições e monstros da vida
Cada linha a purificava
Cada verso a fazia viva
O amado quebrara suas ilusões
O amado tornara-se sombrio
Ela precisava de consolo
Ela precisava de ombro
Sua imaginação era plena
Sua sensibilidade em cena
Caprichava na grafia
para amenizar a agonia
Sempre ao seu lado,estariam
as velhas amigas palavras
Impulsionando durante a noite
A fazendo acreditar novamente
A poesia flutuava
A poesia libertava
Mandava os fantasmas embora
Devolvia paz
Usou as linhas e limpou lágrimas
Citou anjos e flores
Usou as linhas e voltou a sorrir
Ela viu anjos e flores.
By Morphine Epiphany
(Cristane V. De Farias)