A voz do silêncio
Silêncio...
Instante sem palavras,
Introspecção!
Ouve-se um breve suspiro,
Batidas do coração!
Recusas o meu intento,
Lamento!
Lá fora, canto de pássaros,
Compasso!
Agora já não desatinas,
Inclinas!
Ouvidos para escutar,
Chorar!
Ah, voz muda, sisuda, aguda;
Absurda!
Murmúrio que nada diz,
Contradiz!
Silencias...
E o teu silêncio golpeia, incendeia;
Discórdia!!!
Como eu iria entender,
Se nada dizes agora?!
Porque se agora falasses,
Decerto eu compreenderia!
Porém estando em silêncio,
A mim jamais falarias;
O que aflige a tua alma,
Desde o ocaso do dia?!
Seria a minha distância,
Ou essa eterna agonia
Gélida e silente, que insiste,
Em calar nossa alegria!
Edson, junho/2010