Ato poético em cenas de lamento e de protesto

Ato poético em cenas de lamento e de protesto

Fatima Dannemann

(prologo)

Eu sonhei que ser feliz era possivel

amor e poesia festejando a vida

poesia e amor de porta bandeira em minha vida

amor e poesia marcando o compasso da vida

Eu sonhei que ser feliz era possivel

E eu sonhei

eu sonhei e apenas sonhei

que a felicidade

era uma possibilidade

concreta

e mais que perfeita

(verbo na voz reflexiva)

Olho o vazio de um mundo

que superprotege os falsos fracos

Olho o vazio de um mundo

que tira a sorte

dos pseudofortes...

Olho o vazio de um mundo

que se perde em ilusão

e jura buscar a verdade.

(Um grito ou chamado em compasso de lamento)

Justiça,

tiraram-lhe a venda.

Vitória,

triunfo do bem,

surrupiaram a espada.

Jogaram cinza no verde da esperança

Vulgarizaram o amor com purpurina

Desfocaram a visão dos sonhadores

Deturparam as palavras dos pensadores

(ato de protesto e chamado)

Parem!

Gritem basta

Parem de esconder a beleza

Dê passagem para outros sonhadores

Chega de derrotas,

gritem basta e vamos esperar o momento

de gritar bem alto

de cantar bem alto

a nossa alegria e a felicidade...

(para repetir como um mantra e acreditar nos sonhos)

eu sei que a vida é possivel

eu sei que amor e poesia

fazem festa em nossa vida

eu sei

eu sonhei

eu sonho

e qualquer trajetória

que nos leva a plenitude

é a resposta correta

na prova da vida.

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Maria de Fatima Dannemann
Enviado por Maria de Fatima Dannemann em 19/09/2005
Código do texto: T51906